A intensa e frenética Buenos Aires
O impacto de se chegar em Buenos Aires é incrível, a cidade é enérgica, pulsante e parece ser ligada no 220 v.
Nossa estadia em Buenos Aires começou com muito trânsito, uma caça por estacionamento e um policial super gente boa. Chegamos na capital bem no fim da tarde, horário de pico na cidade e o trânsito estava super intenso. Como não tínhamos planejado nada sobre Buenos Aires resolvemos dar uma volta na cidade e achar um hostel/pousada ou hotel que tivesse estacionamento, afinal estávamos com a Baunilha.
Depois de andar em alguns estacionamentos e constatar o altíssimo preço de uma pernoite para Baunilha resolvemos sair da cidade, se afastar um pouco e procurar algum YPF para dormir e fazer algumas pesquisas. A rede de posto YPF está sendo nossa casa permanente, sempre procuramos um para dormir e aproveitar o wi-fi livre.
Chegamos em plena sexta-feira e nem pudemos aproveitar a cidade, pois ainda não tínhamos lugar para ficar. Na manhã de sábado acordamos e tomamos café, quando saímos da Baunilha um policial nos abordou para saber sobre nossa história de viagem.
Nessa viagem estamos percebendo como ainda existem pessoas boas no mundo, explicamos nossa situação para ele, que não tínhamos encontrado estacionamento na capital, e ele muito atencioso e prestativo nos disse que poderíamos deixar a Baunilha no posto de gasolina pois ele fazia a segurança do posto e não haveria problema.
Sendo assim nos despedimos da Baunilha, pegamos algumas trocas de roupa e partimos para capital em busca de um lugar para ficar. Ficamos no Hotel Tucuman, bem bacana, boa localização, com um preço bem acessível e uma brasileira doidinha na recepção.
Buenos Aires além de ser a capital é a maior cidade da Argentina, tem a segunda maior área metropolitana da América do Sul, ficando atrás somente da Grande São Paulo. A cidade é conhecida por sua arquitetura em estilo europeu, que encanta e nos faz pensar por um minuto que estamos andando pela Europa.
Andar na 9 de Julio é hipnotizante, considerada a avenida mais larga do mundo ela encanta com tantas luzes, outdoors e tanta intensidade. Ao seu redor estão alguns dos monumentos da cidade, percorre-la a pé é um prazer para os olhos e os sentidos.
Permanecendo alguns dias em Buenos Aires pudemos perceber que realmente somos hermanos, os costumes são muito parecidos e sempre identificamos algo relacionado a nossa cultura. Buenos Aires é quase um quintal brasileiro, o português é facilmente entendido por lá e se enrolarmos um portunhol então, já podemos nos sentir em casa. Algumas expressões e palavras são bem diferentes da nossa e chegam a ser bem curiosas, vejam alguns exemplos: açougue aqui em Buenos Aires é carniceria; restaurante é comedor; cabeleireiro é peluqueria; borracharia é gomeria. É engraçado mas depois a gente acaba acostumando.
Muita gente nos disse que Buenos Aires era muito perigosa, mas não foi o que vimos por lá. Talvez por andarmos somente em bairros mais turísticos e muito movimentados, a cidade nos passou uma sensação de segurança, sempre bem policiada e movimentada 24 horas.
Fizemos a maioria das coisas a pé, percorremos os 2 km de extensão da Feira de San Telmo que acontece todos os domingos e tem tudo o que você possa imaginar. Fomos no famoso Caminito que encanta com suas cores e diversidade, passamos pela Casa Rosada e caminhamos pelos bairros a maior parte do tempo.
Buenos Aires tem muitos ônibus nas ruas, o transporte público funciona muito bem por lá e é muito barato. Vale muito a pena percorrer a cidade utilizando o transporte público, você consegue chegar em todos os lugares de forma prática e barata. Para ter acesso a todos os tipos de transporte é necessário adquirir um cartão SUBE que custa em média R$8,00 e você pode carregar em qualquer estação ou lanchonetes (conhecidas como Kiosco) com o valor que irá usar, cada passagem custa em média R$1,50.
Eu, vocês e o mundo inteiro sabemos da enorme fama das carnes Argentinas, eles consomem muita carne por aqui e os pastos na beira da pista são imensos e cheios de vaquinhas. Confesso que fiquei com muita dó das vaquinhas, na pista cruzamos com muitos caminhões levando vacas provavelmente para o abate.
O fato é que infelizmente ainda não conseguimos parar de comer carne, então fomos experimentar a famosa Parrillada, que é uma tábua com diversos tipos de cortes. O que podemos dizer é que os Argentinos devem gostar tanto de carne, que nem chegam a temperar, é só com seu sabor natural mesmo sem nenhum salzinho. A parrillada é boa, mas não é algo que comeríamos de novamente.
Buenos Aires é uma cidade boemia, saímos de lá com a vontade de ficar mais alguns dias só para sentar, tomar um vinho e observar o frenético movimento. Seguimos nossa viagem rumo a Ushuaia e cada cidade a mais que descemos para o sul, mais frio e chuvoso fica. Tivemos uma pequena mudança no roteiro, antes íamos passar por Mar del Plata, mas agora seguimos direto sentido Bahía Blanca para economizarmos pelo menos 200 km de estrada.
Hoje estamos na cidade de Azul, paramos para jantar, dormir e atualizar tudo e todos.
Em breve mandamos mais notícias!